quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Estamos Vivendo de Fato, na pior Geração.


Não é tão dificil creer, de que realmente estamos vivendo na pior geração... de que o que importa hoje, não são mais os valores morais, éticos, o conhecimento, a busca por um futuro melhor... Não é mais como antigamente, que os jovens saiam na rua, lutavam por um mundo melhor, para se viver. As musicas eram de protesto a sociedade, ao governo e as mazelas sociais, que por consequência muitos eram exilados em outros países, ou ate presos pela censura de suas musicas.
hoje vemos Bandas Fúteis, sem sentido nenhum, "Rock colorido" como podemos chamar, que na verdade são lixos sonoros... eu queria saber, o que essas bandas tem pra acrescentar na vida dos jovens?
sinceramente, eu acho que nada, suas letras, só falam de "namorico", de meninas e etc.. não tem uma visão critica como as bandas de antigamente, que criticavam a forma de governo, e faziam com que os jovens que curtissem essas bandas, tivessem o mesmo pensamento. Mais a unica coisa que essas bandas coloridas trazem para os Jovens, são: andar coloridos, parecendo palhaços na rua, com cortes de cabelo esquisitos, ensinam também as pessoas a se acomodarem na sua vidinha, com suas mentes atrofiadas, e não correrem atrás dos seus sonhos.
Vejo nessa geração bizarra, que a decência, e o respeito pelo próximo, não existe mais... vemos todos os dias na tv, aonde quer que formos, musicas vulgares, uma verdadeira fossa sonora, que ensina o marido a trair sua esposa, a mulher traída, dar o troco no seu marido e etc... sinceramente, eu tenho vergonha das pessoas que ouvem esse tipo de musica e ainda acham isso bacana.
estamos como uma lixeira, só recebemos lixo todo dia, e não fazemos nada com relação a isso. Se é essa geração que eu pertenço, pois me recuso a pertencer a ela.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Cantinho das Delícias

Ouve – se os sinos da Igreja de Fátima ao longe, anunciando que já esta anoitecendo, um som melancólico, como todo final de tarde costuma ser. São seis horas, todos saindo do trabalho, entrando em seus carros,indo a suas casas, mais antes, que tal uma parada em uma padaria, para fazer uma boquinha, ou ate mesmo comprar o pão do café da manhã, do dia seguinte. É uma padaria jeitosa, bem arrumada, com doces, bolos e quitutes convidativos na bancada, onde seria a perdição de qualquer pessoa tentando manter o peso. Bolos, tortas, massas, e alem do tradicional pão quentinho, que dá água na boca.
Há um clima todo caseiro que envolve a padaria, mesinhas de alumínio para os fregueses sentarem e matarem sua gula, sentam de qualquer jeito, comportado, com a coluna ereta ou despojados com o pé na cadeira, se deliciando de bolo de chocolate, melando a boca, derramando ketchup na blusa. Na mesa ao lado um casal de homens, já de meia idade, homossexuais, demonstrando o afeto que sente um pelo outro, no simples gesto de estarem de mãos dadas, comendo seu lanche e conversando alegremente, sentindo um clima agradável e descontraído naquele local, livres.
La fora o vento batendo nas arvores, um som gostoso de ouvir, já está escuro, e muitos carros começam a circular por ali, parando na padaria, pessoas descendo sozinhas, com crianças, escolhendo seus pães, enfrentando a fila do caixa, pagando e indo embora pra suas casas.
Há mesas de alumínio também do lado de fora da padaria, lugar preferido dos mais jovens, um grupo de garotas, sentadas nas mesas, lanchando, arrumadas, a fim de impressionar, cabelos bem arrumados, a maioria com franja de lado, uma vez ou outra
passam a mão na franja. Uma das garotas relatando as outras amigas, sobre o novo cara com quem está saindo, contando vantagem, e as outras ouvindo e rindo alto. Enquanto isso batendo um vento gostoso, por causa das arvores da praça, pessoas passam com trajes esportivos, indo à academia na beira rio, olham pra dentro da padaria, ficam com água na boca com os quitutes, mais e preciso ter força de vontade e segurar a boca.
Do lado de fora garotos de rua, sempre atentos para as pessoas que estacionam seus carros e vão a padaria comprar algo, levantam a mão para anunciar que irá vigiar o carro, muitas vezes são ignorados, outras vezes conseguem seus trocadinhos.
Já esta bem escuro, são 20 horas, mais a padaria sempre cheia, pessoas chegando arrumadas, sentando nas mesas, pessoas só de passagem, na fila do caixa esperando sua vez para pagar, fazendo seu pedido, olhando o cardápio, pessoas que moram sozinhas, nas localidades próximas, e vão a padaria “jantar”, um lugar aonde muitos vão se encontrar.
“ E ai minha gostosa” - duas amigas se encontram, parecia que há muito tempo não se viam, dão um Abraço apertado,” “e ai como tu ta mulher?”, muitos vão para conhecer pessoas, ou ate mesmo sentar, pedir um cafezinho e ler um bom livro.
Está tudo calmo, de repente uma musica irritante rompe o silencio, musica de político, ”O Arrastão do 15 vai passando por aqui” passeata da Roseana Sarney, governadora do Maranhão. Vários carros, amontoados de pessoas, um atrás do outro, como se fosse uma macha fúnebre, musica alta, gritos e bandeiras com o numero 15, alem de Roseana, também era a carreata de outros candidatos, filiados a governadora, bonecos de Olinda também se encontravam naquela Carreata bizarra, um barulho infernal, atrapalhando a paz de quem queria lanchar, pensar na vida e ler um livro.

Por: Tatah Barros